terça-feira, 7 de junho de 2011

Respiração do nado crawl

Você pode estar nadando perfeitamente, desenvolvendo uma boa metragem durante o treino mas se tem defeitos na respiração, pode estar perdendo todo o trabalho.


Cansaço, pouco rendimento e falta de relaxamento durante e após o nado são consequências de uma respiração deficiente.

PARA TER UMA RESPIRAÇÃO EFETIVA




1.Ritmo respiratório

Encontrar o ritmo adequado a prova, ao nadador, é fundamental para o sucesso da ação respiratória.

2. Velocidade

Aprender a executar o movimento de forma efetiva e rápida, sem afetar a técnica do nado.

3.Volume

Saber respirar de forma adequada deixando algum volume de ar nos pulmões. Este volume pode variar de acordo com a prova, o ritmo e até mesmo durante a própria prova.

4.Variedade

Durante a prova o atleta passa por diferentes momentos. Saber identificar as necessidades de cada destes momentos é fundamental para adequar a sua estratégia de respiração. Tal estratégia pode e deve ser mudada durante a prova e as provas.

5.Relaxamento

Saber respirar de forma tranqüila e efetiva é um grande passo para o nadador tirar proveito da ação respiratória.



ERROS MAIS COMUNS NA RESPIRAÇÃO DO NADO CRAWL


Respirar em demasia.
Não respirar o suficiente.
Segurar a respiração.
Respirar de forma profunda.
Exalar de forma forçada.
Exalar de forma completa, ficando com o tanque vazio.
Exalar muito tarde.
Mover a cabeça em demasia para respirar.
Inspirar e exalar com a face fora d’água.
Respirar antes da virada.
Respirar durante a virada.
Respirar após a virada.

Estes erros bastante comuns e diversos, afetam a técnica da respiração, a técnica do nadador, a parte fisiológica do atleta. Pelo menos 50% dos nadadores possuem algum problema com a respiração.


 
TIPOS DE RESPIRAÇÃO NO NADO CRAWL



BILATERAL

Podendo ser a cada 3, 5, ou qualquer número ímpar de braçadas.

Respiração utilizada em grande escala por fundistas que gostam de administrar e visualizar seus adversários durante suas provas.

Dara Torres talvez seja a grande exceção por conseguir nadar os 50 livre em nado bilateral a cada três braçadas.

Muitas vezes, o bilateral é utilizado em treinamento sob a ótica de correção de nado, ou seja, de forma a manter um melhor equilíbrio do nadador ao respirar para ambos os lados.
 

UNILATERAL


Nadadores podem respirar para um só lado durante a prova, ou alternar um lado a cada distância.

A técnica é bastante utilizada mas muitas vezes podendo gerar alguns erros de “mau hábito” deixando o nado manco ou “pendente” para determinado lado.

BILATERAL NO MESMO CICLO

A estratégia foi utilizada na década de 80 por um nadador húngaro, Tamas DArnyi, que chegou a bater o recorde mundial dos 400 medley.

Tamas Darny tinha dificuldades para segurar a respiração e segundo seu técnico seria mais eficiente manter uma boa oxigenação do corpo ao final da prova.

O estilo só foi utilizado por este nadador e jamais foi repetido por qualquer outro atleta.

SEM RESPIRAR

Nada mais fácil e mais simples do que nadar sem respirar.

Muita gente pode até tentar, mas poucos, muito poucos conseguem fazer o trabalho com qualidade.

Normalmente quem segura muito o ciclo respiratório acaba terminando as provas de forma encurtada e com dificuldades de manter a técnica.

Exceções, são poucas mas merecem destaque.

No plano internacional, ninguém faz melhor do que o croata Duje Draganja que venceu a medalha de prata nos 50 livre dos Jogos Olímpicos de Atenas sem respirar uma só vez.

No Brasil, anos atrás, o recordista brasileiro dos 50 livre era Geraldo Moreira que aplicava tal estratégia após oxigenar os pulmões momentos antes da partida.

Ele hiperventilava os pulmões com respirações profundas e nadava a prova com facilidade completando os 50 livre sem qualquer respiração.
 

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